quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma pessoa falecida com quem gostaria de conversar

Não há certamente uma pessoa falecida com a qual eu gostaria de conversar, para ser sincera. Conheço algumas pessoas que vieram a falecer, um vizinho ou outro, um parente de um parente meu ou um amigo de um amigo meu, ninguém muito próximo, não próximo o suficiente. Mas há alguma coisa, dentro de mim, que está aparentemente morta.

E eu me pergunto, para onde você foi, felicidade? Você morreu mesmo e foi para um lugar melhor do que dentro de mim? Ou você foi deixada para trás junto com tudo o que me fazia feliz? A segunda opção é a mais provável e é também a que me faz sentir mais próxima de ti, me faz sentir mais feliz. Seria bom saber que a minha felicidade está agora com quem me fazia feliz, seria bom saber que essas pessoas são felizes mesmo que eu não esteja por perto, porque elas merecem isso mais que ninguém.

Eu quero voltar, felicidade. Voltar para onde eu te deixei e me sentir feliz novamente. Afinal, não há outro jeito, não é mesmo? Eu sempre vou sentir como se uma parte de mim estivesse morta enquanto eu estiver longe. Mas não há como voltar atrás. Minha escolha foi feita. A sentença foi dada. Terei de viver meus dias conformada de que a minha felicidade deixou de mim. Ou eu deixei dela?

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